Em alusão ao Outubro Rosa, mês de conscientização e combate ao câncer de mama, o Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Mulher (Semu), através Carreta da Mulher Maranhense, realizou uma ação inédita em território indígena. O evento atendeu mulheres guajajaras de cerca de 200 aldeias ao longo da BR 226.

A ação, que teve como parceiros o Distrito Sanitário Especial Indígena do Maranhão (Disei-MA), Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh).

Nos dias 23, 24 e 25 a unidade móvel ficou estacionada na Aldeia Castanhal, atendendo indígenas das de Jenipapo dos Vieiras, Grajaú e Itaipava do Grajaú. E nos dias 26 e 27 no centro de Barra do Corda, prestando atendimento às aldeias de Barra do Corda e Fernando Falcão.

“Muito difícil chegar carro com médico nas aldeias. Muitas de nós mulheres daqui nunca foram examinadas,” diz Angela Pereira da Silva, da aldeia Boa Esperança, em Jenipapo dos Vieiras.

A programação incluiu diversos serviços de saúde, como exames de mamografia, preventivo, ultrassonografia, aferição de pressão arterial, glicemia, além de atendimento de clínica geral, obstetrícia e ginecologia. Também foram feitos testes rápidos de sifilis e hepatite B e C.

Foram realizados cerca de 5 mil atendimentos durante os cinco dias na região. As crianças indígenas também receberam atendimento por meio de consultas pediátricas e higienização bucal com aplicação de flúor, além de atividades de lazer.

“O que aconteceu aqui foi algo indescritível. A Aldeia Castanhal nunca mais será a mesma. Ressalto a dedicação dos profissionais que atenderam essa convocação e que não mediram esforços para atender com muito profissionalismo todos os indígenas que foram trazidos de suas aldeias,” afirmou Carol Arruda, diretora do Viva Mulher da Semu - núcleo responsável pela Carreta da Mulher.

A parceria com todos os orgãos foi fundamental para a realização da ação e o número recorde de atendimentos em território indígena. “Essa ação é muito importante para a saúde indígena. A colaboração das equipes de médicos, enfermeiros e técnicos foi fundamental para conseguirmos atender a população indígena da região,” ressaltou Richard Amorim, coordenador da Saúde Indígena do Pólo de Barra do Corda.

“A Carreta da Mulher Maranhense busca, por meio dessa iniciativa, levar saúde e promoção de direitos às mulheres indígenas, garantindo o acesso aos serviços essenciais para sua saúde e bem-estar. Essa foi uma oportunidade para que as indígenas das aldeias da região pudessem realizar exames e consultas com profissionais especializados. E queremos chegar a outros territórios de povos originários,” ressalta a secretária de Estado da Mulher, Abigail Cunha.